A outra metade

Na vida aprendi que há um motivo para os corações se partirem. Sabe qual? Eles precisam encontrar a outra metade. A metade que faz você sorrir sem saber por que, a metade que te equilibra, a metade que você não pode controlar, a metade que você sempre precisou e nunca soube. Mas de metade, só isso. O resto queremos por completo. Na maioria das vezes esses corações que vem pela metade vêm com defeitos, defeitos que te fazem crescer e encarar a vida com outros olhos, olhos de quem quer seu coração roubado pelo melhor, o melhor coração que pode preencher este espaço que até então era vazio. Então é assim que as pessoas roubam os corações, começam pela metade, devagarzinho e depois que roubam não querem mais devolver.Deveríamos valorizar mais a metade que é nossa, antes de tentar moldar, encaixar a todo custo, outras partes que não são e nem por reza se encaixam com a nossa. Pena que só nos damos conta que merecemos o melhor quando estamos ”só o pó”, tristes e com essa metade toda em pedaços. Aí a história complica, o que era para ser uma parte inteira, torna-se apenas míseros pedacinhos, certamente, muito mais difícil de se encaixar com uma outra parte intacta, ”perfeita”. Nesse caso, não devemos nos contentar com retalhos, com ‘metades inversas” a nossa, por mais que demore, por mais distante que esteja, há uma outra metade feita sob medida para nós, é só esperar e respeitar a nossa metade, cuidar bem do que ainda é nosso, esquecer os tais ”preenchimentos”, e nos prepararmos para o melhor. 

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